sexta-feira, 20 de julho de 2018

Lembranças/Desejo

Eu lembro daquele dia, mesmos que os anos tenham passado num piscar de olhos,
ou no termino de um beijo.
Quando você disse que não deveríamos mais nos ver,
eu vi a paz que estava nos teus olhos, que eu mal consegui olhar,
e eu jamais poderia roubar aquilo de ti.

Eu sumi, tu sumiu, o mundo rodou como uma roda-gigante,
tudo o que eu queria te falar virou silêncio,
porquê o silencio era o melhor para nós dois.
De alguma forma eu desenvolvi uma rotina que era muito parecida com a tua,
os mesmos lugares que você frequentava e eu evitava,
são os lugares que eu sempre estou agora,
mas eu não te vejo.

Agora esses meios frios que temos de, superficialmente, saber por onde andamos,
não nos dizem absolutamente nada, mas nada é o que devemos ter, eu e você,
tu anda nos lugares mais estranhos da minha mente,
como quando eu contemplo o por do sol refletindo nas janelas dos prédios,
você está lá, rindo, como se fosse uma piada.

Não sei exatamente como isso foi ficar assim, mas confesso que eu me sinto confuso,
é muito peso para meus braços fracos.

E eu penso, se toda vez que tu viajou pra perto de mim,
alguma lembrança, iguais as minhas, correram na sua mente,
ou desapareceram, como deveriam?


Matheus Longaray








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