Todos já foram dormir, eu continuo na sala,
sinto que eu deveria ter feito algo,
Ao menos, durante esses anos.
Para o que sou, apenas faço o meu melhor,
Ainda fico para trás em muitas coisas.
Ficar acordado, vagando pela casa,
Como um espírito ou algo do tipo,
Me deixa incomodado.
As bebidas no chão, a sujeira que ficou,
Assim como eu fiquei.
O sofá é meu e todos já se divertiram,
Ainda escuto a música tocar no fundo.
Não faz sentido.
Eu penso que deveria ser diferente,
O relógio inverter e novamente eu ter espaço
Entre teus braços.
Mas sou outra coisa, o número impar para a equação.
Pertencer aos quadros em festas solitárias,
Dançar em volta da minha própria sombra,
Porquê talvez as taças devem permanecer vazias, enquanto garrafas são enchidas.
E ouvir aquela pequena frase no fundo da mente:
E tudo que amei, eu amei sozinho.
Enquanto caminho em direção a porta.
Matheus Longaray