sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Chuva de fevereiro

hoje eu acordei cedo,
abri um olho de cada vez,
como se tivesse tomando coragem.

Eu não mais me sinto firme,
eu sei que parte disso veio
com a necessidade de ser adulto.
Mesmo quando envelhecer 
significa abandonar. 

Ver o meu redor é deprimente e lindo,
eu vejo a luz me acertar de longe,
me dando bom dia. 

Na maioria das vezes estou nervoso,
mesmo estando calmo, chuva de fevereiro. 
Nesses dias eu finjo não existir.
Finjo não concordar com você,
finjo não sentir a falta de você

Sentir o que eu sinto,
é brincar com cores diferentes,
pintando a parede de branco no fim do dia. 
Brincar comigo é brincar sozinho,
Percebe quando a luz te acerta também?
Minha lembrança quase apagada na tua mão

Separei um número bom de
coisas para entender,
muito do que conheço vem
de lembranças ou momentos,
eu me perdoo por isso.

Eu vou me perdoar apesar de tudo,
eu vou perdoar quem eu era,
eu vou perdoar quem eu sou
eu vou finalmente exalar
e talvez no futuro eu não precise dizer desculpas. 

Matheus Longaray

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