sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Pela segunda vez



Estive pensando por um certo tempo
eu já fiz isso antes e o resultado foi o mesmo
enganado de novo, o descaso volta ao meu ser
pois quem estaria lá por você?
ninguém além do seu ego inflamado

aonde foi que você vendeu suas promessas quebradas?
volte lá e venda sua alma, talvez a dor compre
O quanto minha dor pagaria para ter minha alma?
e nada que brilha lá é ouro.

por mais que a minha mente esteve afastada por um tempo
meus pensamentos desvaneracem-se ao som do vento
lá está meu coração de novo, pisado e os teu pés
totalmente sujos de sangue.

sussurre em meu ouvido a sua canção da morte
me embale no seu colo e me de seu beijo venenoso
seja minha amante por essa noite e então
crave sua adaga no meu peito
acabe com essa maldição de uma vez

Corte meu cabelo e amarre em volta do pescoço das suas bonecas
me mate mais uma vez e não deixe meu espirito partir
pois agora sou um morto-vivo e minha alma pede descanso
mas isso vai sempre depender de ti
talvez eu te veja no inferno que me aguarda
e que Asmodeus nos condene a viver juntos pela eternidade.


Matheus Longaray

domingo, 1 de setembro de 2013

Sereia




Toda noite quando te via à nadar nas águas
parecia estar nadando entre as estrelas
como das vezes que eu te seguia até o fundo
e nossos corpos dançavam ao ritmo da correnteza
eu te seguiria aonde quisesse.

Até então um dia você sumir da minha visão
eu mergulhei por toda parte a te procurar
meu Deus, o que eu fiz?
e por descuido meu o Diabo a levou com ele
ainda olho para o mesmo lugar esperando você
que nunca mais voltou.

Os teus tênis ficaram na beirada, esperando ser calçados mais uma vez
quando eu soube que tu não iria mais voltar, eu os guardei junto aos meus
foi o único jeito, de certa forma, de estarmos juntos novamente

Ainda lembro das mentiras que inventávamos para nadarmos naquele rio
e da forma que nossos olhos se olhavam misticamente
Adão e Eva, e o agora, solitário Adão

As vezes na cama, escuto as tuas risadas no fundo da minha consciência
a risada mais doce que já ouvi que vem me atormentar pela madrugada
e me faz querer pular naquele maldito rio atrás de ti

Porque você foi real, você foi verdadeira
meu amor, você está afogada dentro do meu coração.


Matheus Longaray