
Deixe isso ficar assim, escorrendo dentro de um vazio frio como tem de ser,
e se não encontrar deixe ficar desse modo, de modo que ninguém encontre.
Sempre houve algo a mais, mas de qualquer maneira eu tento outra vez e mesmo que nada mude; eu entendo não há mais nada pelo que apostar
e assim tudo vai e assim tudo vem como o fogo esperando pela chuva
o espaço é um oceano sem fim e nele eu tento achar outros monstros para lutar
E quando todos dizem que ninguém realmente me conhece, eu apenas rio e concordo
peço outra dose e me atiro na cadeira, de maneira como se estivesse satisfeito
eu deixei os meus muros caírem querendo ver além, e realmente eu enxerguei
o que eu vejo é um escoo de uma sociedade de aparências
Ontem eu sabia que a vida representava, porém hoje eu já não sei
eu mereço saber o que eu preciso ter para entender certas coisas?
ou só preciso andar e seguir de modo que a correnteza me levar?
e no dia que eu finalmente achar o que eu pretendo encontrar
nesses dias eu tentarei perder a memoria e começar tudo de novo
e quando chegar no fim, eu vou querer morrer como indigente.
Matheus Longaray