De volta a um tempo em que das mais derivadas coisas
se resultavam num sorriso primaveril, em que todas palavras que eram sopradas
provocaram peso nenhum
Nossas almas eram leves e contundentes, não poderia saber o que viria a acontecer,
porém não havia medo, ao menos, não esse mesmo medo que há agora
Eu reconheço o meu fado enquanto os via correndo em teus olhos, e você estava lá
nadando na sua solidão e meu corpo ansiando pelo nosso contato. Nunca quis que fôssemos um acaso
e nunca quis dar a chance de meus enganos virem à tona
Pois venho durante algum tempo, criando planos, inventando formulas de me achar dentro de ti
encontrar algo inquieto que te traga pra mim, às vezes sinto que a minha alma pode escapulir
a qualquer momento, fazendo meu corpo querer dormir no teu portão essa noite
Sonhar com um beijo que nunca demos tem me feito não querer sonhar, não sei se ainda tenho coração
pra acordar na realidade de uma distancia que não apenas bate na tangente de quilômetros
Não sei se ainda tenho outros rostos para continuar enganando o mundo, provando que essa onda
não me afogou e que meu lamentos foram por águas passadas
e por mais que eu saiba que não vou achar uma outra forma de te fazer enxergar essas coisas
que apenas eu consigo enxergar, eu posso sentir que no teu mundo que não há nada de mim
existem fantasias que eu não posso competir, existem outros mundos, outros desejos
a tua solidão que não me comporta
os teus olhos que não me veem
o agoniante silencio.
Matheus Longaray
Nenhum comentário:
Postar um comentário