terça-feira, 29 de maio de 2012

Nada em mim


Parado na esquina, o chão úmido, o céu escuro
Algumas lágrimas a cair das nuvens
Poderia ter levado o guarda-chuva, mas não quis
- não me importo -
Pensando, Pensando, Pensando
Ali parado, nada mais que isso
Imaginações e o desejo de uma arma carregada
com uma única bala...
Para tentarmos a sorte.

Partir para chegar no mesmo lugar?
Cansei, todos caminhos que sigo
acabo na mesma mesa de casa
A toalha xadrez vermelha
As marcas de café derramado

O mundo não é um espelho
o que você faz pelos outros
Não voltará para você
não te salvará de ser traído
Pelo menos, não espero mais isso de volta.
Esse barco ergueu as velas e afundou
na primeira encosta mais perto do carinho
As perdas não foram contadas, as velas perdidas
o barco não foi procurado
Escorregou para o fundo como num deslize de mão
Finalmente achou um caminho sem dor.

Matheus Longaray

domingo, 27 de maio de 2012

Destacado Momento


Eu tinha perguntas que sempre procurei respostas
mas elas nunca foram respondidas.
Somente entre linhas, mas nada é o que parece
É o abraço do diabo, o beijo do coveiro

Mas entre o sol que se põe e a lua que chega
existe algo que foi deixado para desvendar
um segredo de como viver
e é lá que eu me encontro, ajoelhado

Chamas nos meus pensamentos, o vento não interage
Não se colocam para brigar.
Sairemos desse inferno, sairemos de nós
e agora nos unimos como nunca -corpo e alma-


Agora vai dar certo, estou no sentido horário.

Matheus Longaray