Não consigo dizer o quão cansado eu me sinto de arranhar esse velho desejo de estar longe.
A minha garganta se fecha quando vejo o passado, me lembrando tudo o que eu engoli.
Assim como a toalha de banho,
eu sinto o algo enrolado em mim.
O jardim cultivado continua no canto, esquecido, florescendo.
Tem muitas flores em mim agora, eu não me importo com elas.
Busco meu reflexo em todos objetos de casa, procurando uma forma de me distorcer,
Eu não posso ser assim.
Mas no fundo, sinto uma pequena alegria: eu não tenho mais medo do silêncio, é uma parte de mim que se dissolve.
Pra sempre atada em minhas costelas, é dificil de respirar. Tua presença me pesa.
Eu não preciso de você pra jogar coisas no chão, elas vão cair, algum dia.
Matheus Longaray
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