É dentro do meu medo que eu vou mais rápido ao chão
aqui onde tenho o mundo, lá onde estou perdido nos meus passos
e tudo que não pode me suprir, sinto que estou em declínio
minha alma lamenta por isso todos os dias
o que eles me fizeram e as dores que me causaram
eu me tornei uma barra de gelo
e quando sinto que não posso me mexer, eu afundo mais um pouco
Meu coração, agora está parado no tempo
eu vou me desvanecendo dos meus anseios
meus desejos estão sumindo aos poucos
e o que de mim restou?
um pouco das tuas muralhas, mesmo caídas em solo acidentado
continuam sendo em mim, tudo o que de ti tenho
Tendo que envolver meus braços numa eterna falta de existencialidade
sombras passam por mim e os teus vultos me cercam
me fazem sentir medo do que ainda vou encontrar por aí
em outros sorrisos, outros olhares
beijos vazios e mãos vazias
conversas desinteressadas, o teatro dos fracassos
agora, evito meus próprios pensamentos, respiro ventos passados
e o passado me assombra, é a sobra do que preciso
e não preciso de que nada seja dito, palavras não são necessidades
pois quando estou no meu isolamento tudo o que eu tenho são...
...Palavras
Matheus Longaray
Nenhum comentário:
Postar um comentário