quinta-feira, 3 de julho de 2014

Não há mais nada para ser dito

Hoje enquanto a chuva caia e o vento a jogava contra a minha janela
eu ouvi seus passos na calçada, eu sabia que eram os seus
eu senti medo que fosse você, eu tranquei a respiração
quis por uns minutos desaparecer, como se eu nunca tivesse nascido
mas os erros haviam sido cometidos

Pois na ultima vez você me encheu de palavras para digerir
algumas ficaram presas na minha garganta por mais tempo que deviam
então a vontade de conversar foi se apagando
as coisas já não eram as mesmas e eu tinha que aceitar esse fato

Eu deixei tudo ir pelo ralo, normalmente eu não teria feito isso
mas sabe como as coisas são, as vezes nem eu mesmo me reconheço
depois que tive que engolir minha indignação
não sinto mais necessidade de dizer mais nada
algumas coisas são melhores serem deixadas sem uma resposta

E tudo teve o seu adeus, aos bons e maus momentos
toda chegada teve a sua partida, todos passageiros de um tempo estranho
estranhos sentimentos, estranhos um para o outro

engraçado ver como o interesse simplesmente desaparece
e foram raras as vezes em que me mostrei interessado
não há quem culpar, não há a quem apontar
o tempo já havia sido esgotado
errado foi quem não viu o que todos viram que aconteceria.


Matheus Longaray

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