
Antes mesmo que eu quisesse notar, eu tentei possuir partes na qual eu não poderia roubar de ti
voltei com as mãos cortadas fora e te fiz uma promessa que não terei como cumprir
tentei ser teu rei sem coroa alguma.
E por mais que o dia pareça interminável e a solidão esteja te beijando o pescoço
Mas de qualquer forma, entenda que não é só você, tente mais uma vez fechar as cortinas
nas quais tu pintou a mentira de nós, como uma tela para me assombrar.
Estar bêbado de tanto veneno correndo nas minhas veias e tanta amargura guardada
na companhia do diabo até a madrugada, fiz todas apostas que eu poderia ter feito
não precisa me dizer, vejo nos seus olhos que eu não tenho mais preço algum
Estou vendido ao teu cativeiro na qual tu gosta de chamar de "coração".
Espero o assopro do teu descarrego esfriar minha calmaria
e trazer a tona tudo que eu tinha dito para esquecer e tudo que eu gostaria ter esquecido
todos os segredos há muito enterrados na minha pele, na qual você me fez enterrar
sutilmente me deita no chão e me guarda na gaveta, como um remédio.
Tua maquiagem borra quando estou por perto, sou teu câncer, tua maldição
porém tu não consegue se afastar, fracos iguais, amarrados pela turbulência
Infelizes pela mentira de dois corpos predestinados a morrer na chegada
não somos nada juntos.
Somos armas apontando um para o outro, a traição.
Estamos perdidos no mesmo quarto
o nosso toque é espinho, não adianta
Entenda que o nosso barco afundou.
Matheus Longaray
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