sexta-feira, 12 de julho de 2013

O cachorro



A arvore que plantamos já não vive mais
O apartamento que dividíamos está frio novamente
As bebidas ainda estão nas taças e o seu batom está no bidê
E você só pensa em como vai ganhar o coração de outro tolo

Ás vezes, quando você não os acha, acaba voltando para mim
Pois sabes que meu coração bobo te acolherá ainda quente
Mas enquanto isso, teu pensamento está em outro
Não aguento mais o jeito que você me trata
Eu não sou o seu cachorro para poder me trancar em casa
E sair por ai sem querer que eu chore e uive por você


Porém quando está carente, você me da o maior amor que já senti
Dessas migalhas eu tenho me fingido de cego
E toda vez que eu tenho a chance de jogar a pedra
Eu acabo te chamando de linda, e tudo volta ao normal

Você pode comprar a minha coleira naquela esquina da rua principal
Que você costuma passar e paquerar outros rapazes, como você sempre fez
E como eu sempre te vi, do jeito que te conheci
Mas você sempre fez questão de esquecer de comprar outro coração pra mim

Então não me alimente que vagamente irei embora
Achar algum trapo ou coração para me aquecer
Do jeito que tu nunca fez.


Matheus Longaray

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