sábado, 2 de fevereiro de 2013
Glicerina
É seu pequeno eu privado
o hoje apenas desaparece
está no seu barítono
quem gargalhou está longe
não foi de tudo que ele precisou
porém lá se foi a sua casa
e tudo que ele respira é amargo
o amor está gasto e passou num deslizar de mãos
não estava tudo bem porém, ali estava longe
" - o que fizeram com você?" o perguntam
enquanto ele liga o radio
e olha para a parede
a linha que atravessava sua dor parece machucar
suas decisões erradas o flagelam
velho e cansado, não pode mais amar
nem deixa que o amem, pois seria perda de tempo
ele pertence a vida, não a uma jaula, que sua companhia é sua própria alma
o que ele tem mais sentido é real, ecoando nas ruas e paredes
abaixe a febre, o corpo enfraquece e os sentidos lhe abandonam
Mais um parasita que tenta ser um corpo
será apenas o resto que poderás achar
achar o lado que eu não conhecia de você
que eu deveria conhecer.
Matheus Longaray
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