terça-feira, 6 de novembro de 2012

Leito de morte




Enquanto os corvos não vem me visitar
tento entender essa ciencia humana
que insiste estar em colapso entre eles mesmos
no meio da multidão, não se ouve ninguém gritar
estamos acostumados com a repressão mental

Estou afundado no meu sofá
Tv, cigarros e café
Nesta madrugada o som do violão no radio
faz a harmonia do ambiente calado
por mais que o silencio não faça sentido
a minha alma me mantém acordado
como um fantoche de poucos movimentos
tentando provar algo pro meu eu anestesiado

Mas vocês insitem em entrar no meu útero privado
tranformando meu canto reflexivo
um fala-fala irritante
tão inutil como as pombas da praça
Por que não vão embora?
para que eu enfie meu coração numa lança?

Matheus Longaray

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