domingo, 28 de outubro de 2012
Veneno
Te vejo, te enxergo
te sinto, não entendo
O mar negro continua dentro da minha redoma
estou preso entre as linhas da margem
todavia, jogar meu fardo no fogo
não quero saber porque minha alma questiona.
Morte continua a me confortar
pensar em parar de lembrar
me motiva a chorar
natureza de minha alma querer o poço
vejo no teu olhar o escravismo de meu ser
quero correr, a margem continua a me prender
A tal maldição de te entender
prevejo que a vida vai me fechar contra o muro
fecho a porta do meu quarto e me escondo
deixando o mundo esperar pela minha presença
sei que esperarão sem nem lembrar
mas também não vou voltar
não enquanto a margem não me soltar.
Matheus Longaray
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