terça-feira, 31 de julho de 2012

Pequenas vozes


Se nas palavras que venho escrevendo na porta do meu quarto, descarregando minha mente como uma arma em um alvo, eu não tenha conseguido te dizer aquelas palavras que meu coração segura, é um falho do meu sistema.

Sentar perto da lareira num dia chuvoso de inverno e dançar com meu próprio ego sobre todas brasas do fogo, com olhos presos na janela, é um modo mais repugnante de dizer que me encontro, como uma presa de joelhos ao predador.

Não ouse me perguntar novamente se foi fácil eu chegar pois a resposta está jogada a minha volta, desculpe, mas como irei viver algo que eu mesmo não possa controlar? é um fim sem um inicio dito nas entre-linhas dos meus pensamentos.
Quando meus Deuses ouviram só minhas piores preces e elas aconteceram, não é revoltoso? é a mais pura verdade que já venho dizendo, existe uma sombra sobre mim devorando minha alma pedaço por pedaço me tornando igual ao resto humano do meu convívio.

Mas com um sorriso que me provoca medo a cada vez relembrado, é um pouco da minha memoria que vai desaparecendo, sem nenhum tipo de dor ou ferida...
Quando ela gritou que meus olhos estão cada vez mais escuros,vazios e profundos
e todas essas coisas, no final dos seus dizeres, viera um "vá com Deus".
Estremeci nas bases, meu corpo gelou.

Pois ela era ateia.

Matheus Longaray

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