
Tentando ganhar espaços em lugares que nem sombras ousam entrar
até pode se chamar de lembranças remediadas, esses lugares
que muitas vezes eu perco os passos e não vejo inicio e nem fim
esses lugares ficam na minha mente, os cantos mais escuros dela
Lá eu posso brincar com todas as coisas que um dia me feriram
e se eu pudesse saber quais novos brinquedos irei adquirir
pararia de me preocupar com os antigos
Poderia ter descoberto outros caminhos para o mesmo lugar
mas o tempo foi o maligno disso tudo, não me deixou escolhas
peguei o pior caminho para o mesmo lugar - o mesmo fim -
Deveria estar em outro lugar a não ser aqui
olhando para as paredes, quando você vai aparecer?
Poderíamos (eu e você) enterrar todas essas pessoas
descaradas, mentirosas, falsas, ignorantes, carentes
em um lugar da nossa mente que não fossemos buscar
um lugar tão morto quanto folhas secas no outono
Mas não quando nos encontramos a desertos de distancia
a lágrima evapora antes mesmo de cair nessa areia
Não irei buscar o que não me foi prometido
continuarei com as agulhas presas nas mãos
tecendo com o fio de pecados que a minha mente pensou
usarei para me cobrir essa noite esse pano
para lembrar de como é frio essa cidade que nas suas ruas
a solidão existe de sobra.
Matheus Longaray
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