quinta-feira, 8 de março de 2012

Barco




O dia raia, as cores morrem e eu durmo
junto da minha cama apenas minhas cobertas
e agora? o que me resta a dizer?
Se tornou tão amargo que não sabe mais como é
tornou-se tão apaixonado que seus poemas
não significam mais para quem era pra significar
E a linha ténue entre a solidão e o amor
enrola-se no seu pescoço

Apenas fique até mais tarde aqui
Não significo nada...
Mas você me faz sorrir

Eu não sei como ir e nem sei chegar
apenas sigo nessa maré
que não me leva a lugar algum
e estou sozinho no meu barco
segurando algumas flores e algumas palavras a dizer
Mas meu barco navega dentro de sua cabeça
e indo em círculos e então eu nunca cheguei a tempo

E no final da historia
as minhas palavras parecem nunca significar nada
e meu barco fura.


Matheus Longaray

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